15/07/2016
Desde janeiro de 2016 (data em que o sindicato laboral enviou proposta), a Diretoria da FECOMÉRCIO e os Diretores das Associações de Bombeiros Voluntários de Santa Catarina não mandaram nenhuma proposta para negociação da reposição salarial.
A categoria reivindica reposição da inflação do período (11,07%).
A FECOMÉRCIO nas inúmeras reuniões sinalizou em 10%, e quando o sindicato laboral concordou, as negociações paralizaram. Não ouve nenhum avanço formal.
Por esta razão, o sindicato convocou os trabalhadores para deliberarem em assembleia que ocorrerá nos dias 18 e 19/07/2016, sobre uma greve geral nas corporações de bombeiros voluntários.
"Lamentavelmente esta é a última alternativa, na inércia dos empresários em atender nossas reivindicações, só nos resta lançar mão do consagrado direito de greve, Estamos cientes do quanto é importante a atuação de nossos bombeiros, mas é inaceitável que aqueles que socorrem a população em seus momentos de maior angústia, sejam abandonados pelos empresários que administram as ditas associações filantrópicas de bombeiros voluntários" - Carlos R. Rosa Junior.
- atualmente o menor salário é o do Bombeiro Voluntário, apesar de ser uma profissão reconhecida por lei, os empresários alegam que por se tratar de associação filantrópica, não recebem verbas das Prefeituras e do Estado em valor suficiente para cobrir as folhas de pagamentos, e por esta razão não podem corrigir os salários em 11%.
Exemplo é o empresário Moacir Tomazi, que comanda a maior Corporação do Estado, na cidade de Joinville, Ele ofertou reposição de 6% e um abono de R$ 800 reais (para quem ganha até R$ 1500,00 e abono de R$ 1000,00 para que ganha acima de R$ 1500,00 (diga-se de passagem que 90% dos empregados desta instituição ganham menos de R$ 1500,00). Esta proposta atingiria também os bombeiros que atuam no aeroporto de Joinville (em maio de 2015, a Corporação de Joinville fechou contrato com a Infraero para terceirizar o serviço de bombeiro naquele local). Segundo o empresário Tomazi, o valor cobrado da Infraero é muito baixo, mal cobre a folha de pagamento. Não sobra quase nada para a Corporação.
É óbvio que se a instiutição fez um mal negócio, vendendo um serviço barato, não vai lucrar nada. Mas não podemos compactuar com a alternativa adotada pelo empresário de agora querer recuperar sua margem de lucro, as custas dos trabalhadores.
Todos que utilizam o terminal aeroportuário pagam pelos serviços para a Infraero, então porque a Corporação de Bombeiros Voluntários vai tirar 30 profissionais que poderiam atender a cidade, para colocar no aeroporto exclusivamente à Infraero, sem lucro algum.
A situação ficou mais complicada para os empresários, principalmente em Joinville, porque nos demaiss aeroportos de Santa Catarina os salários dos bombeiros foram corrigidos em 11%.
Logo a categoria na cidade de Joinville, ficou mais revoltada e relutante em aceitar a justificativa destes empresários, razão pela qual rejeitam esta proposta. E estão dispostos a deflagrar uma greve.
O sindicato já comuncou a FECOMÉRCIO, que representa as Associaões de Bombeiros Voluntários. Se não ouver nenhuma concretização das negociações, a categoria vai cruzar os braços.
O Presidente da UGT Estadual, Sr. Waldemar, está auxiliando o sindicato dos bombeiros, nas trataivas de fechar esta convenção e evitar esta greve.