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TESTES PARA VER OS DANOS DO CALOR E DO RESFRIAMENTO BRUSCO NO CONCRETO

05/12/2018

O Bombeiro Civil Adenilson Roberto Coelho, lotado no Banco do Brasil em Joinville, defendeu no último dia 03 de dezembro de 2018 o seu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil no Centro Universitário Católica de Santa Catarina. Adenilson, teve como foco a engenharia civil, no entanto, levou consigo o calor da profissão de Bombeiro Civil. Sua pesquisa é direcionada para duas grandes áreas, distintas, mas que conversam entre si, sendo elas as estruturas de concreto e segurança contra incêndio.

O acadêmico realizou a pesquisa utilizando concretos usuais com resistências de 25, 35 e 40MPa. O objetivo principal da pesquisa é de analisar o comportamento do concreto após submetido por 90 minutos nas temperaturas médias de incêndio real de 300, 600, 900 e 1200°C e o posterior resfriamento. O processo de aquecimento e o resfriamento diz respeito ao método de combate ao incêndio. Nas faixas de 300 e 600°C é prováveç a ocorrência do flashover. Quando ocorre, a temperatura é de 900 e 1200°C. O exemplo clássico utilizado pelo autor é o acidente com o voo da TAM 3054 em 2007, onde a temperatura foi de 2000°C, queimando por 12 horas.

Os ensaios para análises foram realizados no forno modelo Jung, modelo 5753, com taxa de aquecimento de 5ºC/minutos. Após o aquecimento, os corpos de prova de concreto foram submetidos ao processo de resfriamento brusco, a fim de simular a ação das equipes de bombeiros no combate ao incêndio, verificando os possíveis danos na estrutura de concreto.

Os resultados obtidos no referencial teórico e os alcançados pelo Bombeiro Civil, apontam que quando aquecidos, os concretos perdem resistências consideráveis, sendo que em 300°C, quando resfriado, o concreto sobre uma perda de 2,94% maior que somente aquecido. Já em 600°C, quando sofre o choque térmico por resfriamento, a perda é de 14,05% maior que a perda do aquecimento. Já em 900°C, a temperatura crítica do incêndio, quando toda água retida no interior do concreto é evaporada, a perda devido o choque térmico é de 9,05% maior. O valor de perda da resistência é menor para a temperatura de 600°C, isso porque entre 600°C e 900°C toda água evapora. Para temperaturas maiores, as diferenças são poucas, mas tanto no aquecimento quanto o resfriamento brusco, o concreto já não tem mais função estrutural, vindo a ruir.

As análises remetem ao fato de que quanto mais resistente for o concreto, maior é a perda percentual e a incidência de Explosive Spalling, um dos responsáveis pela perda de resistência. Nada mais é que a desfragmentação de partes do concreto, resultado do surgimento de microfissuras decorrente a evaporação da água e pressões no interior do concreto. Frente a isso, conclui-se que o aquecimento e o resfriamento brusco interferem nas propriedades físico-químicas e na microestrutura do concreto, favorecendo o surgimento de microfissuras, afetando a resistência característica do concreto.

O Bombeiro Civil salienta que “estudos no tema são relevantes para a ciência e tecnologia de segurança contra incêndio, uma vez que o conhecimento da ação do fogo nas estruturas de concreto, contribuem para a formação de novos materiais de proteção contra incêndio”. Ressalva ainda a necessidade da atuação de Bombeiros Civis nas edificações, “percebe-se que a situação crítica para os concretos iniciam-se em 300ºC, onde dependendo da resistência do concreto, fissuras e perdas de resistência ocorrem. Sendo assim, a atuação de sistemas de proteção por sprinklers e uma brigada de incêndio é relevante para a extinção do fogo no seu início, sem colocar em risco toda a edificação".

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Autor: Samuel dos Santos - Presidente



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